O que ninguém nunca te contou sobre gestão de obras

O que ninguém nunca te contou sobre gestão de obras

Por: Prática Engenharia - 08 de Outubro de 2021

A gestão de obras contém inúmeros desafios. Do contato direto com funcionários e trabalhadores terceirizados ao acompanhamento diário do avanço da obra, passando pela gestão financeira e pelo acompanhamento de flutuação de preços, são muitos os passos necessários para garantir uma maior eficiência em campo e no escritório.

Por conta disso, preparamos um guia completo sobre os “segredos” que ninguém nunca te contou sobre a gestão de obras. 

Os principais tópicos incluem:

  • O gestor de obras é maior importante do que imagina;
  • O RDO pode salvar seu controle financeiro;
  • A gestão de equipamentos pode ser muito mais fácil;
  • O atraso em obras pode ser evitado;
  • O seu monitoramento tem muito a melhorar com essas dicas;
  • O cronograma de obras é peça fundamental da sua gestão financeira;
  • O orçamento de obras não é tão desafiador com as ferramentas certas.

Confira abaixo os principais pontos!

Segredo 1: O gestor de obras é maior importante do que imagina

O gestor de obras deve equilibrar o tripé de prazo, custo e qualidade. Ou seja, ele precisa garantir que as obras sejam entregues dentro do prazo estabelecido, cumprindo o orçamento elaborado e com a qualidade esperada.

Apesar de serem vistas como coisas separadas, cada ponta do tripé afeta diretamente a outra. 

Afinal, um projeto que não respeita prazos custa mais caro. Isso pode fazer com que os profissionais optem por materiais mais baratos e contratações menos capacitadas, impactando o resultado final da obra.

Esses profissionais possuem muito poder de decisão e assumem muitos riscos, por isso, é vital que a posição seja assumida por uma pessoa competente e com um misto de habilidades técnicas e talentos pessoais como comunicação, proatividade etc.

Quais são as responsabilidades do gestor de obras?

O que muito não se fala sobre o gestor de obras é que suas responsabilidades estão espalhadas em diversos campos e tarefas. Não basta apenas olhar planilhas ou ir ao canteiro de obras todos os dias, é necessário focar em diversos lugares ao mesmo tempo.

Os sete principais pontos são:

  • Estudo de viabilidade
  • Estudo preliminar de obra;
  • Orçamento e planejamento;
  • Gestão de mão de obra;
  • Administração econômica;
  • Administração financeira;
  • Segurança.

Parece muita coisa? Saiba que existem maneiras de facilitar a gestão de obras!

1. Estudo de viabilidade

A primeira tarefa do gestor de obras dentro do planejamento é realizar o estudo de viabilidade, em que são analisadas as opções de terreno e projeto disponíveis, para escolher a melhor opção para o cliente. 

Além disso, o gestor de obras deve entender o potencial de retorno financeiro do empreendimento. Dessa forma é possível analisar se sua execução valerá a pena financeiramente, resguardando o caixa da empresa contra projetos problemáticos.

2. Estudo preliminar de obra

O estudo preliminar de obra alinha informações e propõe soluções considerando o local onde a obra será executada.

Unindo esses dados ao estudo de viabilidade, é possível estabelecer uma previsão do fluxo de caixa da obra junto do potencial construtivo, obtendo dados como:

  • taxa interna de retorno;
  • exposição máxima de caixa;
  • lucro.

Muito importante frisar que, por mais que o lucro seja fundamental, um dado de saúde financeira essencial para o gestor de obras é a exposição máxima de caixa. Afinal, esse parâmetro indica quanto capital será necessário durante a execução da obra. E com essas informações é possível fazer o cálculo do custo do empreendimento.

3. Orçamento e planejamento de obra 

O terceiro passo dentro das responsabilidades de um gestor de obra é o orçamento e o planejamento do projeto escolhido.

Essa é uma etapa desafiadora e elaborada, que envolve lidar com fornecedores, calcular os custos por etapa do projeto, organização dos processos, levantamento de quantitativos, estudo dos custos diretos e indiretos, elaboração dos cronogramas físico e financeiro e muito mais. Mas pode ser muito mais fácil com o uso de ferramentas facilitadoras automatizando ou simplificando algumas etapas.

4. Gestão da mão de obra

Quanto maior é a obra, maior a complexidade organizacional e a necessidade de equipes vastas e diversificadas. 

O gestor deve garantir que todos os colaboradores estejam alinhados e tenham acesso às informações que precisam para tomar boas decisões em seus cargos.

Afinal, o gestor não deve tomar todas as decisões por conta própria – tornando-se um gargalo administrativo – mas deve sim, no lugar, delegar tarefas para os colaboradores com as habilidades certas. 

Um bom gestor também deve ser capaz de motivar e engajar suas equipes, certificando-se de que todos compreenderam qual é o objetivo final. 

Além disso, também precisa prezar pela qualidade e produtividade das execuções, sem descuidar da geração de resíduos – um fator cada vez mais importante com as pautas ambientais tornando-se foco de diversas discussões. 

5. Administração econômica

Obras movimentam uma grande quantidade de verba: contratação de funcionários, compras de materiais, aluguel de equipamentos, taxas e impostos são exemplos comuns dos gastos na construção.

Por isso, o gestor também precisa ser capaz de administrar a quantificação, compra, recepção, estocagem e aplicação dos materiais. 

Através das práticas de administração econômica, este profissional consegue reduzir o desperdício e desenvolver uma gestão de compras mais eficiente.

Um descontrole na administração de verbas durante uma obra pode colocar o caixa de uma empresa em risco a curto prazo ou, nos piores casos, fechar de vez o negócio.

6. Administração do negócio

A lucratividade das empresas de construção só é possível a longo prazo quando há uma boa administração financeira, incluindo tarefas como:

  • controle contábil das notas fiscais;
  • controle de admissão e demissão de funcionários;
  • apropriações de custos por etapas de obras;
  • folhas de pagamento dos empregados; 
  • recolhimento de impostos.

Além disso, a administração financeira também lida com tarefas relacionadas às regras fiscais, contábeis e jurídicas. 

7. Segurança no local de trabalho

Cabe ao gestor garantir segurança para seus colaboradores, para a estabilidade da obra e da edificação futura e para os futuros usuários daquela construção.

Para isso, além de seguir todas as normas de qualidade e normas regulamentadoras da construção, ele deve utilizar recursos como a Análise Preliminar de Risco, Ficha de Verificação de Serviço, Diálogo Diário de Segurança, entre outros.

Segredo 2: O RDO pode salvar seu controle financeiro

O RDO, ou Relatório Diário de Obras, é uma maneira de ter um controle mais imediato e detalhado dos dados dentro da sua gestão de obra, podendo mapear a produtividade, lucratividade e avanço no cronograma facilmente. 

Temos um artigo só sobre as funcionalidades do Relatório Diário de Obras que você pode conferir aqui! Mas, para resumir, seus principais benefícios são: 

1. Monitoramento das atividades

Controlar os custos da construção civil é um desafio para empresas e profissionais do setor. Quando esse ponto não é bem trabalhado, pode haver desconfiança por parte dos clientes e fornecedores ou até mesmo prejuízos financeiros ao final do contrato.

O diário de obras é uma forma de controle detalhado e didático em que tanto os responsáveis pelo projeto como os clientes poderão ter uma visão mais ampla e transparente do andamento da obra.

2. Aumento da produtividade

Ter controle das atividades é sinônimo de mais eficiência. E quanto mais eficiência, maior a economia saudável no projeto. Não é necessário comprar materiais de menor qualidade ou reduzir o tamanho da equipe, basta trabalhar da melhor maneira possível com os profissionais já dispostos.

O aumento da produtividade faz com que os clientes saiam satisfeitos e voltem para mais serviços futuros.

3. Cumprimento de prazos

Um atraso em obras deve ser evitado o máximo possível. E isso só é possível de maneira eficiente e segura com um controle diário de desempenho e evolução de obra. 

O Relatório Diário de Obras pode auxiliar no controle de cronograma, ao expor o andamento diário da obra e gerar relatórios para períodos de interesse. Além disso, destaca o que já foi entregue e gasto, além do que será necessário até a conclusão.

É comum que obras atrasem por modificações solicitadas pelos próprios clientes, mas para que não haja um efeito de bola de neve, as alterações e ocorrências precisam ser registradas e marcadas como provas para negociação de prazo.

Segredo 3: A gestão de equipamentos pode ser muito mais fácil

A gestão de equipamentos é fundamental para evitar prejuízos a longo prazo. As máquinas de linha amarela possuem alto valor de aquisição e, por conta disso, danos e falhas podem não só atrasar o cronograma de obras como também prejudicar enormemente o caixa. 

Veja abaixo o que você pode fazer para otimizar os processos ligados a equipamentos na construção civil:

  • Investir em equipamentos de qualidade: Máquinas de segunda mão ou de marcas pouco reconhecidas podem, a médio e longo prazo, virar uma dor de cabeça. Opte por equipamentos de empresas reconhecidas, com atendimento de excelência em caso de problemas;
  • Fazer manutenção preventiva: Máquinas de linha amarela operam normalmente com grande carga, em tarefas extenuantes para o maquinário. Por conta disso, precisam respeitar as datas de manutenções preventivas para restaurar o equipamento a condições similares às de fábricas;
  • Capacitar os colaboradores: É muito importante que os colaboradores estejam treinados para saber operar da maneira correta as máquinas disponíveis no canteiro de obras. Das carteiras e cursos especiais para a operação em si aos cursos de segurança no espaço de trabalho e conscientização promovidos dentro das obras;
  • Organizar os equipamentos: Um espaço mais organizado é um espaço mais seguro. Os equipamentos devem ter áreas específicas para serem guardados, com boa sinalização e identificação contínua. Assim, não ficam pelo caminho, não causam acidentes, não estão sujeitos a danos ou furtos. 

Com práticas simples como essas você já consegue ter uma gestão de equipamentos muito mais eficiente e segura. 

Segredo 4: O atraso em obras pode ser evitado

Um atraso na obra pode prejudicar permanentemente a imagem de uma empresa. Por isso, deve ser evitado a qualquer custo. Muitos acreditam que pequenos atrasos são inevitáveis, mas isso não é verdade. Acompanhe as abaixo as principais recomendações para evitar atrasos na execução de obras.

  • Defina o cronograma de execução: Mesmo que construções em geral tenham pontos em comum, cada obra representa um empreendimento único. Assim, o ponto de partida de execuções bem sucedidas é ter um cronograma preciso. Todo percurso necessita estar bem detalhado — principalmente a definição de prazos para as entregas de cada fase.
  • Elabore um orçamento adequado: A gestão dos recursos disponíveis é crucial para que não haja atrasos em uma obra. Portanto, a solução mais adequada é ter em mãos um orçamento assertivo. É difícil não ter ajustes ao longo do caminho, mas administrar os imprevistos com um bom planejamento em mãos é mais fácil.
  • Trabalhe com fornecedores de confiança: Esse é um tópico de absoluta relevância para concluir uma obra dentro do prazo. Receber materiais de baixa qualidade pode causar vários transtornos. Além de piorar a qualidade da sua entrega, um processo de devolução consome bastante tempo. Além disso, a própria logística de entrega é um ponto sensível e os fornecedores precisam ser bem avaliados antes de iniciar um serviço com eles.

Segredo 5: O seu monitoramento na gestão de obras tem muito a melhorar com essas dicas

O monitoramento de obras nem sempre é feito da maneira mais otimizada e eficiente possível. Isso pode ocorrer por alguns motivos. 

O primeiro deles é que nem sempre os gestores conhecem todas as práticas e ferramentas mais úteis para as tarefas realizadas. 

O segundo é que muitos hábitos já vêm de dentro da empresa e são “regras da casa”, de forma que leva tempo para adaptar a um novo formato. 

Independentemente da razão, sempre há espaço para melhora no monitoramento de obras. Confira abaixo algumas dicas ou clique aqui para ler um artigo completo sobre o assunto: 

Dicas para o monitoramento de obras

  • Organize seus processos: A primeira tarefa é listar todos os processos da empresa e organizá-los de forma que seja possível vê-los por completo. Substitua processos confusos por práticas com métodos de execução claros para todos os envolvidos. Com isso, é possível sentir um impacto na redução de erros e na facilidade de repetição de tarefas. Foque nas tarefas diretamente relacionadas à qualidade e à produtividade do time ao realizar os serviços.
  • Gestão de equipes: Conhecer a capacidade de produção dos colaboradores e saber quais tarefas eles desempenham melhor é importante para garantir que a obra corra bem. Estimule o desenvolvimento do conhecimento técnico da equipe e oferte prêmios para quem alcança excelência no desempenho. Invista também em uma comunicação aberta e franca, estando disponível para esclarecer dúvidas.
  • Relatórios detalhados: Nem sempre os responsáveis estarão disponíveis para tirarem dúvidas sobre o andamento da obra. Por isso, relatórios detalhados são essenciais, pois fornecem informações que ajudam nas decisões. O Relatório Diário de Obras (RDO) é uma ferramenta essencial para o monitoramento de obras, pois permite que todos tenham acesso à evolução das atividades, ocorrências, monitoramento e direcionamento das tarefas. Além disso, o RDO transmite transparência, profissionalismo e comprometimento para o cliente.
  • Utilize o cronograma físico-financeiro: O cronograma físico-financeiro (CFF) é uma ferramenta de gestão que permite a gestão de custos com o controle de prazos e o avanço físico da obra. Ou seja, o CFF ajuda a empresa a garantir que o desembolso das obras acompanhe o seu avanço físico. Isso evita gastos desnecessários, falhas no cumprimento do orçamento e paralisações que podem gerar atrasos nas obras.

Segredo 6: O cronograma de obras é peça fundamental da sua gestão financeira

Citamos várias vezes acima como um cronograma de obras é importante, mas o que isso quer dizer na prática? 

Um cronograma é um documento simples, que não requer malabarismos operacionais. Sua importância está na descrição das atividades a serem realizadas, a especificação de seus custos e as datas de conclusão. Em suma, ele é a materialização daquilo que foi planejado inicialmente.

Existem diferentes formas de se visualizar um cronograma de execução de obras, sendo esta a mais popular:

Mas quais as vantagens de um monitoramento preciso e realmente eficiente? Explicamos abaixo:

Quais são as principais vantagens do monitoramento de obras?

Investir no monitoramento de obras pode trazer inúmeros benefícios. Abaixo, decidimos ressaltar três dos principais em pilares distintos de uma boa gestão de obras. Confira:

  • Economia de tempo: Uma empreiteira ou construtora deve ter controle sobre a qualidade na execução da obra, evitando a perda de tempo, para ser competitiva no atual mercado. No entanto, entregar o empreendimento dentro do prazo, respeitando as normas reguladoras depende de um constante monitoramento da obra. É só ao observar diariamente o RDO que é possível perceber erros cumulativos, criando planos de ação para impedir uma “bola de neve” e um atraso enorme.
  • Otimização de processos: Monitorar a qualidade da execução de uma obra ajuda a identificar falhas nas diversas etapas da construção. Isso também facilita as decisões operacionais para corrigir erros de forma a otimizar processos no projeto atual e, consequentemente, melhorar o planejamento para edificações futuras. Com uma gestão mais fluida e eficiente, menos erros são cometidos ao longo do caminho.
  • Diminuição de desperdícios: Um planejamento de obra baseado na vistoria e acompanhamentos diários diminui desperdícios e procedimentos menos eficazes na construção. O resultado se reflete no controle de orçamento, que pode abrir margem para investimentos diretos na empreiteira ou construtora. Além disso, ajuda a manter um caixa sadio para a construtora e para os responsáveis, mantendo o negócio rentável a longo prazo.

E, por falar em orçamento de obras, saiba que ele não é tão desafiador quanto se imagina. Basta ter em mãos as ferramentas certas.

Segredo 7: O orçamento de obras não é tão desafiador com as ferramentas certas

O orçamento na gestão de obras é um ponto extremamente importante e delicado. Exceder o montante previamente analisado pode causar problemas para todos os envolvidos, mas tentar economizar demais com práticas pouco seguras (materiais de má qualidade, redução de equipe) não é tão ideal quanto muitos pensam.

Cumprir uma obra no prazo usando o orçamento previsto é um grande desafio, mas um bom gestor de obras é capaz disso. 

3 Dicas para auxiliar o processo

Veja abaixo as três dicas para auxiliar o processo: 

  • Defina o Memorial Descritivo do projeto: Esse documento reúne informações sobre qual o tipo de obra, as técnicas construtivas, os responsáveis técnicos, as dimensões da obra, localização, projetos necessários, além de contratos e documentos de registros. Com ele, é possível dimensionar o orçamento de custos de acordo com os critérios do projeto ou as necessidades da obra.
  • Liste todos os serviços necessários: Para calcular o custo total da obra, é preciso identificar todos os serviços necessários para realizar a construção. Isso inclui desde a escavação de fundações até a estruturação de alvenaria, passando pela concretagem, revestimentos, elétrica e hidráulica. Aqui, o gestor deve entender quais são os custos e despesas operacionais associados à prestação de cada serviço e definir o orçamento da obra.
  • Pense nos custos de mobilização e desmobilização: Existe um custo próprio para transportar os equipamentos e o pessoal até o local onde será feita a obra, e isso deve ser considerado no orçamento. Esse custo é calculado a partir dos serviços de mobilização (deslocamento até a obra) e desmobilização (trânsito do trabalho para a residência ou galpão de armazenamento dos equipamentos). Portanto, deve ser previsto durante a elaboração do orçamento para não haver surpresas no fluxo de caixa da obra ao longo do projeto.

Agora, mesmo com essas dicas, pode ser complexo organizar todo o fluxo financeiro e informacional da obra. Por isso, é necessário otimizar a gestão de orçamento de maneira eficiente. 

Otimize a sua gestão de orçamento de obra

São três pilares principais para otimizar a gestão de orçamento. São diferentes pilares que focam em aspectos próprios da organização: controle, precisão e rigidez. 

  • Estimule o orçamento do seu projeto: O primeiro passo é ter clareza sobre o orçamento da obra e definir como ele será utilizado à medida em que a obra avançar. Quando o prazo e o orçamento são desconhecidos, a tendência é que os recursos sejam usados de maneira incorreta. O ideal é contar com um sistema de gestão de obras mais integrado e em nuvem, facilitando a gestão do orçamento, acompanhamento dos gastos e compartilhando tudo com as partes interessadas na obra.
  • Controle cada centavo gasto: É fundamental monitorar toda saída de caixa, justificando o motivo e a necessidade do gasto. Desse modo, cria-se compromisso com o orçamento, garantindo que gestores, engenheiros e encarregados se adequem aos custos inicialmente combinados. Além disso, é preciso deixar bem claro que nenhum custo é pequeno demais que não deva ser considerado. É um erro acreditar que gastos menores não impactam no orçamento da obra. Pelo contrário, eles se acumulam em contas maiores e mais complexas de monitorar.
  • Evite pequenas exceções aos profissionais: Cuidar do orçamento da obra é um processo de vigília contínua. Evite pequenas exceções a membros da equipe para manter o controle eficiente das obras. Do engenheiro-chefe ao ajudante de obra, todos devem prestar contas dos valores gastos. No entanto, essa rigidez não deve ser confundida com desconfiança. É apenas um processo bem estruturado e que tem como finalidade melhorar a gestão da empresa de forma geral.

Segredo 8: O controle das compras afeta a longevidade do seu empreendimento

Uma obra não é feita apenas do planejamento e da execução, é importante também se atentar às compras realizadas durante todo o processo de construção. 

Contudo, nem sempre os gestores de obras são especialistas em controle financeiro, e muitos sofrem para realizar um registro fidedigno das entradas e, principalmente, saídas de caixa.

Da escolha de matéria-prima à negociação com os fornecedores, existe um mundo de informações relacionadas ao controle das compras. Confira algumas dicas abaixo:

Nunca aceite o primeiro preço apresentado

Sempre há uma oportunidade para reduzir o valor apresentado na negociação. Isso ocorre porque muitos fornecedores sobem o preço já esperando uma contraproposta. 

Esse é um cenário muito visto quando as negociações acontecem por canais de contato direto entre uma equipe de vendas e uma equipe de compras.

Uma dica valiosa é investir em treinamentos e capacitação em negociação para a equipe responsável pelo relacionamento com os parceiros. 

Afinal, os resultados das cotações, compras, organização e histórico de compras dependem diretamente da gestão com os seus fornecedores e podem otimizar ou inflar o valor final do projeto de acordo com a capacidade para navegar pelos preços e produtos.

Monte um mapa de cotação com pelo menos 3 fornecedores

Muitos empreendedores ainda centralizam as atividades e produtos do seu negócio em um único fornecedor. Isso ocorre por alguns motivos: comodismo, bom relacionamento com o fornecedor ou até mesmo desconhecimento de outros potenciais parceiros.

Contudo essa prática é muito arriscada para a sua empresa. São dois motivos principais:

  • não há como garantir que o valor apresentado é, de fato, o mais barato e tem boa relação “custo/benefício”;
  • caso esse parceiro tenha algum problema com os insumos, seu negócio vai “ficar na mão”. Indica-se ter uma carteira de fornecedores para evitar problemas com escassez ou aumento súbito de preços.

A cotação deve seguir a mesma lógica: cotar preços com, ao menos, três fornecedores. Dessa forma, identifica o preço médio praticado e opta por aqueles fornecedores que oferecem as melhores condições para a sua empresa.

Cinco centavos podem não ser expressivos quando pensamos em uma unidade. Mas multiplica-se o valor pela quantidade de unidades e pelo número de vezes que se faz um pedido. Com uma boa cotação, você terá uma redução de custos significativa.

Negocie quantidades e prazos de pagamentos

Outro passo importante antes do processo de compras é negociar a compra de lotes de materiais e garantir melhores preços e entregas mais previsíveis.

Trata-se a forma de pagamento também como uma espécie de “trunfo” em um processo de negociação. Quando se expor os preços, é possível conversar sobre as condições e prazos para o pagamento. 

Pagar à vista sempre trará maiores margens de desconto e benefícios aos compradores. Portanto, foque no valor e procure negociar formas de pagamento a partir desta condição.

Segredo 9: Gestão de pessoas é fundamental

Executar uma obra não é um trabalho solitário. Todo gestor de obras deve ter isso muito claro em mente. O trabalho envolve lidar com pessoas em diferentes cargos e com diferentes perfis ao longo de um grande período de tempo.

Uma gestão de pessoas no canteiro de obras impacta diretamente no clima organizacional e na satisfação geral com o projeto. 

Colaboradores mais satisfeitos e felizes cometem menos erros, evitam acidentes, prejuízos e ainda podem contribuir com sugestões para transformar o canteiro em um local mais seguro e eficiente. Outros benefícios incluem:

  • cronogramas mais exatos;
  • menos desperdícios;
  • menos ociosidade;
  • melhor desempenho das atividades;
  • maior produtividade das equipes;
  • profissionais mais satisfeitos e recompensados.

Quais são os desafios de uma gestão de pessoas no canteiro de obras?

Um canteiro de obras é muito diferente de empresas ou escritórios tradicionais. Cada projeto tem suas características e especificidades, o que requer adaptações contínuas de equipes, profissionais, ambientes e tarefas.

 Com isso, a gestão de pessoas naturalmente se torna uma prática cíclica. Ou seja, a cada nova obra é preciso começar do zero.

São dezenas, centenas ou milhares de pessoas trabalhando em uma obra, a depender da escala, inúmeros cargos, especialistas, tempos de contrato e muito mais. Entre os principais desafios da gestão de pessoas em um canteiro de obras, vale destacar:

  • conseguir oferecer qualificação ideal;
  • desenvolver um clima organizacional adequado;
  • garantir a segurança dos profissionais e da obra;
  • monitorar e controlar as atividades de forma eficiente.

Então, como implementar a gestão de pessoas?

Implementar uma boa gestão de pessoas no canteiro de obras é mais viável graças ao advento da tecnologia. 

Afinal, com o desenvolvimento de softwares específicos para a construção civil, foi possível automatizar qualquer forma de gerenciamento em obras.

Um ERP para canteiros de obras, por exemplo, permite ao gestor acompanhar cada passo do projeto. Além disso, é possível controlar catálogos de insumos, gerir equipes, precificar serviços, entre outras funcionalidades.

Com essa automatização, o gestor se dedica a realizar outras ações, como melhorar a comunicação e desenvolver um bom clima organizacional, enquanto a parte operacional, estratégica e gerencial fica sob domínio da ferramenta.

E como evitar processos trabalhistas na construção civil?

Uma boa estratégia de gestão de pessoas é a criação de uma política interna, destacando regras e normas de boas práticas. Além de conhecer a legislação e incorporar os seus princípios na operação da empresa, deve-se cumpri-la. 

Existem duas formas de incentivo ao cumprimento de normas regulamentadoras e regras internas: punições e premiações. A primeira é sempre lembrada, enquanto a segunda muitas vezes sequer é citada nos processos gerenciais. 

Contudo, premiar e destacar boas práticas de cumprimento às regras mostra que a gestão preza e enxerga não só os erros, mas também os acertos dos funcionários.

Além disso, é bom contar com uma equipe, interna ou terceirizada, que se responsabilize pela área judicial da empresa. Isso ajuda a evitar processos trabalhistas na construção civil, reduzindo custos com indenizações, processos e outros gastos. 

Segredo Extra: Você pode automatizar tarefas e processos repetitivos

Uma solução realmente eficiente e que traz resultados imediatos é o uso de ferramentas de gestão online totalmente em nuvem para otimizar o controle de obras. 

Essas ferramentas ágeis e simples facilitam a vida dos gestores e evitam erros humanos no preenchimento de tabelas complexas e pouco intuitivas.

Caso queira saber como a ferramenta Mais Controle funciona, assista ao nosso vídeo de demonstração abaixo:

E se está com tudo pronto para otimizar sua gestão de obras, fale conosco e peça uma demonstração do Mais Controle.

FONTE: https://maiscontroleerp.com.br/

WhatsApp Prática Engenharia
Prática Engenharia www.praticaengenharia.com.br Online
Fale com a gente pelo WhatsApp
×