Diagrama de Ishikawa: Guia Completo para Solução de Problemas e Melhoria de Processos

O Diagrama de Ishikawa é uma ferramenta amplamente utilizada na gestão da qualidade e na melhoria de processos em diversos setores, inclusive na construção civil.

Compreender o funcionamento e a aplicação dessa ferramenta é fundamental para profissionais que desejam identificar e solucionar problemas de forma eficiente em seus projetos.

Essa ferramenta também é conhecida como Diagrama Espinha de Peixe ou Diagrama de Causa e Efeito. Isso porque ela é usada para identificar, organizar e representar visualmente as causas potenciais de um problema específico.

Neste conteúdo, vamos fornecer informações detalhadas sobre o Diagrama de Ishikawa na construção civil e trazer exemplos para usá-la de forma estratégica e produtiva. Continue a leitura! 

O que é o Diagrama de Ishikawa?

Primeiramente, vamos definir o que é o Diagrama de Ishikawa. É uma abordagem estruturada que pode ser usada em várias indústrias para aprimorar a qualidade, a eficiência e o desempenho geral.

Portanto, seu principal objetivo é garantir que todas as possíveis causas de dificuldades sejam consideradas e analisadas. Essa ferramenta foi nomeada em homenagem ao seu criador, Dr. Kaoru Ishikawa.

O recurso lembra o esqueleto de um peixe, com problema principal e causas que se estendem como ossos.

Dessa forma, ele ajuda as equipes da construção civil a explorarem sistematicamente todos os possíveis fatores que contribuem para o surgimento de adversidades.

O diagrama facilita a resolução de problemas e a tomada de decisões mais acertadas pelos profissionais dessa área.

Além disso, o Diagrama de Ishikawa é um recurso valioso para realizar análises de causa raiz.

Ele fornece um método visual e sistemático para identificar e abordar as causas subjacentes de determinados eventos.

Ao envolver os membros da equipe na busca por resoluções, a ferramenta ainda apoia o desenvolvimento de soluções eficazes nos canteiros de obras.  

Para que serve o Diagrama de Ishikawa na construção civil?

Na construção civil, a ferramenta serve para identificar possíveis causas de erros ou atrasos no trabalho.

Ou seja, você pode usar o diagrama para analisar incidentes de segurança, melhorar os processos de controle e garantia de qualidade das edificações.

Outra possibilidade é utilizá-la para aprimorar o gerenciamento e a execução de projetos.

Dessa maneira, a ferramenta tem vários componentes. A cabeça do peixe representa o problema ou efeito que precisa ser resolvido.

A linha central, que corre horizontalmente, representa a espinha, fornecendo uma estrutura para criar um diagrama.

Os ossos representam as categorias de causas que podem ser materiais disponíveis, técnicas, procedimentos e processos de construção, por exemplo. 

A representação visual torna as informações complexas mais fáceis de entender e comunicar. Ela oferece uma forma clara e objetiva de organizar e apresentar informações complexas, facilita a compreensão e a comunicação entre profissionais de diversos departamentos.

Por outro lado, permite aproveitar conhecimentos e perspectivas diferentes provenientes de experiências diversificadas.

Como aplicar o Diagrama de Ishikawa em diferentes contextos?

Existem passos principais para aplicar o diagrama de Ishikawa na construção civil. Comece definindo claramente o problema ou efeito que deseja avaliar.

A questão deve ser específica, sendo importante escrevê-la no topo do diagrama ou na cabeça do peixe. Além disso, reúna uma equipe diversificada de partes interessadas que conheçam o projeto. A seguir, veja as etapas necessárias para a aplicação da ferramenta.

Identifique as categorias de causas

Inclua na sua equipe de análise os gerentes de projeto, engenheiros, supervisores de obra, trabalhadores e outros profissionais que considera relevantes.

Portanto, determine os principais fatores que têm potencial de contribuir para a continuidade do problema.

Leve em consideração máquinas, equipamentos e ferramentas utilizadas nos canteiros. Veja outros exemplos importantes que podem ser colocados no desenho:

• pessoas: habilidades da força de trabalho, treinamento e fatores humanos;
• meio ambiente: condições externas (como clima), condições do local e fatores regulatórios;
• gestão de obras: planejamento, coordenação e supervisão do projeto;
• medições: precisão e confiabilidade de medições.

Brainstorming de possíveis causas

Para cada categoria principal, faça um brainstorming de potenciais fatores que poderiam contribuir para o problema.

Envolva os participantes selecionados em uma discussão colaborativa para garantir que todos os pontos possíveis sejam considerados.

Adicione essas causas como ramos menores dos ossos principais. Observe alguns exemplos práticos:

Materiais

• má qualidade do cimento;
• relação água e cimento incorreta;
• uso de agregados contaminados.

Métodos

• técnicas de cura inadequadas;
• procedimentos de mistura inadequados;
• métodos de vazamento incorretos.

Máquinas

• equipamento de mistura com defeito;
• falta de manutenção de máquinas;
• uso insuficiente de ferramentas vibratórias.

Pessoas

• treinamento inadequado dos trabalhadores;
• falta de supervisão;
• má comunicação entre os membros da equipe.

Ambiente

• condições climáticas extremas;
• mudanças rápidas de temperatura;
• má drenagem do local.

Gerenciamento

• planejamento de projeto inadequado;
• processos de controle de qualidade ruins;
• falta de procedimentos claros.

Medidas

• proporções de mistura imprecisas;
• métodos de teste de resistência incorretos;
• falta de monitoramento consistente.

Analise e priorize as causas

Depois que todas as causas potenciais estiverem listadas, avalie-as para identificar suas raízes prováveis. Use dados e evidências para apoiar essa avaliação, lembrando-se de priorizar esses fatores com base no seu impacto e na viabilidade de abordá-los.

Em seguida, desenvolva e implemente soluções ou ações corretivas para resolver as adversidades. Por exemplo:

Rachaduras em concreto

• materiais: obter cimento e agregados de maior qualidade, bem como garantir o armazenamento adequado;
• métodos: implementar procedimentos operacionais padrão para mistura e cura;
• máquinas: manter regularmente os equipamentos de mistura e vibração;
• pessoas: fornecer treinamento aos trabalhadores sobre técnicas adequadas de manuseio de concreto;
• meio ambiente: programar atividades durante condições climáticas favoráveis e melhorar a drenagem do local;
• gestão: melhorar os processos de supervisão;
• medições: usar ferramentas de medição precisas e protocolos de teste consistentes.

Monitore e revise

Em conclusão, após implementar as soluções, monitore continuamente os resultados para garantir que cada problema seja resolvido.

Portanto, revise a eficácia das ações tomadas e, se necessário, faça ajustes adicionais. Isso ajudará a prevenir a recorrência das adversidades e a melhorar continuamente os processos.

Além disso, garanta um exame completo e o aprimoramento de todos os aspectos envolvidos.

Os exemplos que apresentamos neste artigo confirmam que o Diagrama de Ishikawa na construção civil é uma ferramenta poderosa, desde que você siga todas as etapas indicadas.

Coloque em prática as nossas dicas para conseguir oferecer excelentes resultados aos seus clientes e construir uma carreira mais promissora em um mercado altamente competitivo.

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FONTE: https://maiscontroleerp.com.br/